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CENTRO DE QUÊ?

Um tribunal com quase 80 anos, milhares de documentos guardados, dentre processos e documentos administrativos, e muitas histórias a serem contadas – do órgão, de pessoas, de processos, de prédios e de relações. Organizar todas essas informações, tornando-as acessíveis ao público é o grande desafio do Centro de Memória do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, que desde janeiro de 2018 trabalha na pesquisa e divulgação da história do maior tribunal trabalhista do país.

O setor, criado em julho de 2017, (ainda com o – quase impossível de decorar – nome de Seção de Arquivo Histórico, Memória e Instrumentos Arquivísticos) passou a ser subordinado à Secretaria-geral da Presidência em outubro do mesmo ano. Um ano depois, passou a chamar-se Centro de Memória.

Talvez por ser novo no organograma do Tribunal, as pessoas ainda não compreendem direito o que é feito por aqui. Para tentar explicar, e quem sabe conquistar você para o nosso setor, escrevemos este texto.

O Centro de Memória do TRT-2

A primeira coisa a se dizer é que um dos nossos principais trabalhos aqui é ouvir histórias – e contá-las também. Aqui conhecemos pessoas e reconhecemos, no meio das lembranças e dos documentos, pontos que possam ser inseridos em outras histórias, complementando-as.

Em um trabalho de formiguinha, fazemos conexões para construir um grande quebra-cabeça, repleto de lacunas, mas que, aos poucos, vai ficando cada vez mais preenchido.

Nossa missão é preservar e difundir a história do TRT-2. Mas é muito mais.

É valorizar a participação de cada uma das pessoas que auxiliaram na construção dessa história. Nossa tarefa é conectar pessoas. Juntar discursos. Criar eventos. Promover encontros. É conscientizar sobre a importância da guarda histórica.

Estamos aqui pra mostrar para o nosso público, seja interno, seja externo, a relevância que tem o Tribunal em nossa sociedade. A importância que tem o trabalho de cada uma dessas pessoas na construção da nossa história e o quanto cada um é fundamental para que o TRT-2 seja hoje o maior tribunal trabalhista do país. Afinal, se o Tribunal existe da forma como o conhecemos atualmente é graças ao trabalho incansável de servidores e magistrados que aqui estiveram ao longo do tempo. E que não podem ser esquecidos.

É nossa tarefa não permitir o esquecimento.

exposição, TRT-2, história do TRT-2, Memória do TRT-2: uma construção coletiva
Fotos 3×4 que fizeram parte da exposição “Memória do TRT-2: uma construção coletiva”.

Contamos hoje a história dos que estiveram aqui nas décadas de 40, 50, 60… Daqui alguns anos, nossos futuros colegas contarão a história que a gente constrói hoje, em nosso trabalho cotidiano.

E o que o Centro de Memória faz?

Tanta coisa.

No Centro de Memória a gente pesquisa. A gente lê processo, diário oficial e jornal, sempre buscando vestígios que nos ajudem a formar uma boa narrativa.

Aqui a gente garimpa (documentos, móveis e objetos), aprende a decifrar caligrafia antiga e restaurar documento danificado.

Ed. Sede., TRT-2, Consolação
Trabalho de seleção de documentos em arquivo localizado no subsolo do Ed. Sede do TRT-2.
higienização, TRT-2
Servidor trabalha na higienização de documentos históricos do TRT-2.

A gente faz roteiro, faz entrevista (e às vezes dá entrevista também), faz texto curto e faz artigo de 20 páginas. E também grava, edita, tira foto e cria imagens. Ainda que seja no Paint.

Aqui a gente recebe pesquisador acadêmico, troca informações com outros órgãos, atende a demandas feitas pela própria instituição.

A gente insere dados em sistema, digitaliza documentos, descreve processos, cria rotinas e faz transcrição de entrevista de três horas. Mas também faz visitas técnicas em museus, faz pesquisas in loco e conhece muita gente, além de muita história interessante.

Aqui a gente participa de seminário e representa o Tribunal em diversos eventos. Às vezes, organiza o evento também.

Fórum Ruy Barbosa, TRT-2
Servidor do Centro de Memória participa de organização do espaço expositivo no Fórum Ruy Barbosa.

Aqui a gente viaja. Na maior parte das vezes, na maionese mesmo, da forma como era a deliciosa gíria dos anos 90. E aí a gente tenta transformar a ideia em algo mais “realizável”. Que dependa apenas de nossas próprias forças. Ou que exija o mínimo possível de outros recursos.

Aqui a gente vai para Florianópolis e vê a praia só pelo avião. Mas aproveita o intervalo de almoço pra comer rápido e conseguir passar em sebo, Catedral Metropolitana e loja de discos (se você vier trabalhar com a gente, eu conto quem foi responsável pelo pedido de entrada em cada um dos lugares). E volta com muitas ideias. Querendo colocar várias delas em prática. Ainda que nem tudo seja possível.

Aqui a gente coloca a mão na massa; a gente faz, sem nos preocuparmos se essa é ou não a nossa função. Porque somos servidores públicos e buscamos atender o público da melhor forma possível. Afinal, foi para isso que prestamos concurso. Foi pra isso que eu prestei concurso, ao menos.

Aqui a gente conhece pessoas. E quando a gente não conhece a pessoa, pelo simples fato de não podermos conhecê-la, a gente reconstrói essa personagem, baseado em documentos, baseado em fatos, em evidências, em pequenos aspectos que possam ajudar a construir uma personalidade, às vezes, uma vida completa. E aí, aos poucos, a gente vai tentando descobrir, com aqueles que conheceram de fato aquela personagem por nós recriada, se aquilo que a gente imaginou é verdade. E a gente vibra com cada descoberta. Com cada novidade. Com cada pequena conquista.

exposição, TRT-2, memória do TRT-2
Servidor do Centro de Memória acompanha visitantes na exposição “Memória do TRT-2: uma construção coletiva”.
TRT-2, Arquivo Público do Estado de São Paulo
Servidor do TRT-2 mostra à servidora aposentada documentos do Dops, localizados no Arquivo Público do Estado de São Paulo.

Aqui a gente não tem medo de trabalho. A gente carrega um piano nas costas, se necessário for, se a gente achar que aquilo de fato é fundamental para o nosso setor.

Aqui a gente trabalha coletivamente, e tenta pensar coletivamente. Porque cooperação é fator primordial. Assim como respeito. Porque a gente sabe que nossos objetivos como setor só podem ser alcançados com um trabalho conjunto.

Nesse pouco mais de um ano e meio de existência de atividade, alguns dos nossos objetivos já foram alcançados, mas ainda faltam tantos… e a gente precisa de alguém para nos ajudar.

Leu até o fim e ficou interessado em conversar um pouquinho com a gente? Entre em contato conosco pelo e-mail memoria@trtsp.jus.br ou pelo ramal 2597.

Nossas portas estão sempre abertas. Quem sabe você não aproveita e arranja uma mesa por aqui?

Centro de Memória do TRT-2
Sala do Centro de Memória do TRT-2.

Memórias Trabalhistas é uma página criada pelo Centro de Memória do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, setor responsável pela pesquisa e divulgação da história do TRT-2. Neste espaço, é possível encontrar artigos, histórias e curiosidades sobre o TRT-2, maior tribunal trabalhista do país.

Acesse também o Centro de Memória Virtual e conheça nosso acervo histórico, disponível para consulta e pesquisa.


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Publicado por Christiane Teixeira Zboril

Radialista e jornalista, é especialista em Comunicação Pública. Possui experiência com produção de rádio e TV, assessoria de imprensa, eventos e gestão de mídias sociais. Adora fazer planos, conhecer novos lugares e pessoas, além de ouvir uma boa história. Desde 2012, é servidora do TRT-2.

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