Quando eu bati o carro numa madrugada chuvosa, foi a ajuda do “Turquinho” no porão do XI, que eu fui buscar.
Foi lá na República, onde ele morava, que eu me escondi enquanto consertavam o carro para eu não voltar com ele batido pra casa.
Mauricio tinha um coração imenso e me acompanhou nas aventuras do movimento estudantil (entre abraços e brigas), e em tantos outros momentos que compartilhamos juntos na pós-adolescência.
Crescemos e viramos ambos juízes e, mais recentemente, pudemos nos reencontrar nas viagens de nosso grupo dos amigos da classe. Tem sido um enorme prazer a cada encontro.

Hoje ele se foi e a notícia entristeceu a todos. Ficamos sem chão.
Sempre tão cheio de vida, de garra, de esperança, e de um coração que, sinceramente, não podia parar.
É triste perdê-lo, não tem como esquecer de seu imenso sorriso.
Um abraço muito forte na querida Maria Flávia e nos filhos Livia e Lucas.
Orgulhem-se demais desse cara tão humano.
Marcelo Semer é desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. É formado em direito pela USP, é mestre em direito penal e doutor em direito penal e criminologia pela USP. O magistrado foi colega de faculdade do juiz Maurício Assali. O texto foi redigido na época do falecimento de Assali.

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